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Publicado em 10/01/2017 15h50

Empresário vai buscar amiga no aeroporto é confundido com Uber e fica três horas detido

Salvador

Empresário vai buscar amiga no aeroporto é confundido com Uber e fica três horas detido
Foto: Ilustração / Aratu Online

Ficou complicado buscar algum amigo ou familiar que desembarca no Aeroporto de Salvador, depois da intensificação das operações de combate ao transporte clandestino de passageiros, que disputam o serviço com os taxistas da cidade.

É certo que a fiscalização deve acontecer e qualquer tipo de ilegalidade tem que ser punida. Porém, condutores de veículos particulares, que não se enquadram nessa situação, reclamam de abordagens que, muitas vezes, resultam em indevida perda de tempo.

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Uma das reclamações chegou ao Aratu Online, através de denúncia feita pelo empresário e representante comercial, de 41 anos, que preferiu se identificar, apenas, como Wagner. Ele relatou que, na quinta-feira passada (5/1), foi ao aeroporto buscar uma amiga que chegava de São Paulo e ficou impossibilitado de deixar o local, por cerca de três horas, ao ser confundido como um prestador de serviço do aplicativo Uber.

Após embarcar a amiga e o namorado dela em seu carro (um Renault/Fluence), Wagner foi abordado, antes da saída do terminal, por uma blitz formada por policiais militares, agentes da Transalvador e funcionários da Secretaria da Mobilidade do município.

Segundo o empresário, lhe foi pedido, como é a praxe, o documento do carro e a carteira de motorista. “Depois me perguntaram os nomes dos passageiros. Como eu tinha acabado de conhecer o namorado da minha amiga, não lembrei seu nome e eles acharam que eu estava trabalhando para o Uber”, comentou Wagner.

Ele relatou que, apesar de não ter sido maltratado pelos servidores públicos, a situação não deixou de ser constrangedora, já que recebia amigos de outro estado e acabaram retidos no aeroporto, por conta da confusão.“Eles desembarcaram às 9h30 e somente às 12h30 puderam ir para o [bairro do] Rio Vermelho, onde estão hospedados”, disse.

Demonstrando-se chateado com o ocorrido, Wagner admitiu que amadurece a ideia de entrar com um processo na justiça. “Não pretendo ganhar dinheiro com isso, mas torço para que as fiscalizações sejam eficazes e não passemos por constrangimentos nessa queda de braço entre clandestinos e prefeitura,” finalizou.

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Motoristas do aplicativo Uber protestam na Praça Municipal de Salvador. Foto: Alan de Assis

Prefeitura apreende 40 veículos de transporte clandestino neste início de 2017

De acordo com a Secretaria Municipal de Mobilidade, somente no início deste ano já foram apreendidos 40 veículos realizando transporte clandestino. A Semob, com o apoio da Polícia Militar, realiza fiscalizações diárias para coibir essa prática.

De acordo com o titular da Semob, Fábio Mota, a legislação municipal exige aos prestadores de serviço de transporte de passageiros o comparecimento às duas vistorias anuais obrigatórias, realizadas pelo órgão. “Na oportunidade são verificados itens de segurança como cintos e extintores. Os motoristas devem ainda apresentar os antecedentes criminais. Tudo para oferecer maior segurança ao cidadão”.

Ainda segundo Mota, a falta de qualificação dos motoristas é outro ponto negativo para quem pega o transporte clandestino. “O passageiro não sabe quem é a pessoa que está dirigindo aquele carro e se acontecer algum problema é mais difícil até a identificação e consequente localização”, alerta.

Conforme a Lei Municipal 9.066/2016, os veículos flagrados fazendo transporte clandestino são apreendidos e pagam multa no valor de R$2,5 mil na primeira ocorrência. No caso de reincidência, o valor é dobrado. Além da multa, o motorista precisa pagar pela remoção do veículo, que varia de R$309,27 a R$804,09 (a depender do porte), e diária no pátio da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador), que vai de R$49,48 a R$841,21 (a depender do tipo de veículo). No ano passado, 900 automóveis foram apreendidos e levados ao pátio da Transalvador.

Autoria: Aratu Online

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