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Publicado em 16/02/2017 22h03

Se não pagar, Salvador não terá ônibus no Carnaval, diz Sindicato de Rodoviários

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Após decretarem estado de greve – procedimento que antecede à paralisação -, o Sindicado dos Rodoviários reafirmou que os trabalhadores do setor podem cruzar os braços durante o Carnaval deste ano, caso os empresários não regularizem o depósito do Fundo de Garantia, atrasado há oito meses.

“Se não pagar, certamente Salvador não terá ônibus no Carnaval”, afirmou Daniel Mota, diretor da categoria, durante entrevista ao programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM, nesta quinta-feira (16).

Ele rebateu os argumentos do diretor do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps), Jorge Castro, de que as empresas enfrentam os impactos da crise financeira.

“Nossa classe não contribuiu para essa crise. Quando eles estavam por cima da carne seca não chamaram os trabalhadores. Sabemos da crise, mas sabemos da falta de responsabilidade social com a gente. A gente não tem medo do setor jurídico dele, o nosso também está preparado para derrubar ele no tribunal”.

Quanto ao pagamento das diárias no período do Carnaval, Daniel Mota disse que o valor acertado para a classe ficou em R$ 1.100 milhão, o que, segundo ele, dá R$ 300 em média para cada rodoviário. Além do valor, Daniel Mota afirmou que os trabalhadores querem que jornada seja equacionada, com as devidas folgas.

“Não vamos trabalhar no Carnaval de forma ininterrupta, sem folga. Se não tem condição de servir a população honrando os direitos dos trabalhadores, não vamos trabalhar”.

Violência e falta de banheiros

A violência e a falta de estrutura nos terminais nos bairros são outras queixas constantes listadas pelo sindicalista.

“A gente está vivendo momentos terríveis, a violência está deixando colegas doentes. A gente não sabe se é Salvador ou Oriente Médio. Qualquer conflito queimam um ônibus”, disse, ao explicar que a cada veículo destruído são cinco trabalhadores afastados.

Daniel Mota ainda afirmou que existem rodoviários “urinando no meio da rua” por falta de banheiros nos finais de linha dos bairros, a exemplo do que ocorre em Brotas e Engelho Velho da Federação.

“O secretário Fábio Mota também é responsável. A obrigação [segundo contrato] é construir banheiros. Está a maior vergonha. Uma vez a urina pegou no cargo de um desembargador e deu a maior confusão”.

Autoria: Bocão News

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