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Publicado em 26/04/2017 16h12

Nordeste tem maior percentual de empregados insatisfeitos com as condições de trabalho

IBGE

No Nordeste, em 2015, 10.955.649 pessoas de 16 anos ou mais de idade trabalhavam como empregados. A maior parcela delas tinha o trabalho principal no setor de serviços (45,4%), seguido pelo comércio (21,3%), setor agrícola (11,4%), indústria (11,1%) e construção (10,9%).


        Em relação à média nacional e às demais regiões, o Nordeste tinha as maiores participações de empregados no setor agrícola e na construção, e a menor participação de empregados na indústria.
Em 2015, Nordeste tem maior percentual (7,2%) de empregados insatisfeitos com as condições de trabalho;
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** Nordeste tem menor percentual de jovens (16 ou 17 anos) empregados insatisfeitos com o trabalho (3,0%) e o maior percentual de empregados mais velhos (50 anos ou mais) insatisfeitos;

** O percentual de homens nordestinos insatisfeitos com o trabalho é o maior do país;

** No Nordeste, a insatisfação com as condições de trabalho é maior entre os negros (pretos e pardos) (7,5%) do que entre os brancos (6,3%);

** No Nordeste, as mulheres (7,6%) estão mais insatisfeitas com as condições de trabalho que os homens (6,9%);

** No Nordeste, assim como ocorre na média do país, o percentual de empregados insatisfeitos atinge seu menor patamar entre aqueles que têm nível superior completo (3,7% na média nacional e 3,8% no Nordeste);

        De uma forma geral, as mulheres (6,1% na média nacional) estão mais insatisfeitas com as condições de trabalho que os homens (5,1%) – e no Nordeste não é diferente, embora a diferença entre homens e mulheres seja menor: 7,6% delas estão insatisfeitas, contra 6,9% deles. O percentual de homens nordestinos insatisfeitos com o trabalho é o maior do país, mas, entre as mulheres, as nordestinas ficam atrás das empregadas na região Norte – onde 85% das mulheres estão insatisfeitas com suas condições de trabalho. Mais uma vez, a região Sul apresenta menores percentuais de homens (3,5%) e mulheres (4,7%) insatisfeitos com o trabalho.

        No âmbito dos muito satisfeitos, na média nacional, o percentual de mulheres empregadas muito satisfeitas com suas condições de trabalho (6,6%) é maior que entre os homens (5,9%). No Nordeste, esses percentuais também estão abaixo da média e praticamente se igualam: 5,0% dos homens e 4,9% das mulheres – segundo menor percentual entre as regiões, acima apenas do Centro-Oeste (4,7%). Entre os muito satisfeitos, as mulheres do Sul também saem na frente (9,2%), mas, entre os homens, ficam em segundo lugar (6,5%), embora praticamente empatados com os do Sudeste (6,6%).

        Em relação à faixa etária dos trabalhadores no país, a insatisfação com o trabalho é maior entre os mais jovens, atingindo 5,8% dos empregados de 16 ou 17 anos, 5,7% daqueles entre 18 e 29 anos e daqueles entre 30 e 49 anos e caindo para 4,5% dos empregados de 50 anos ou mais de idade. No Nordeste, porém, o movimento é o contrário: o percentual de insatisfeitos aumenta com a idade. É o menor do país entre os mais jovens (3,0% dos empregados de 16 ou 17 anos), mais que dobra, chegando a 7,2% entre os empregados de 18 a 29 anos e de 30 a 49 anos, e ainda aumenta um pouco mais, atingindo 7,4% dos empregados de 50 anos ou mais.

        Dentre os muito satisfeitos, também são mais representativos os mais jovens (8,8% daqueles de 16 ou 17 anos, maior percentual do país e acima da média nacional, de 7,3%), proporção que já se reduz bastante entre aqueles de 18 a 29 anos (3,9%) e volta a subir para as faixas etária de 30 a 49 anos (5,2%) e 50 anos ou mais (6,8%) – ficando abaixo da média nacional em todos os casos.

        No Nordeste, assim como ocorre na média do país, o percentual de empregados insatisfeitos atinge seu menor patamar entre aqueles que têm nível superior completo (3,7% na média nacional e 3,8% no Nordeste). Entretanto, enquanto, no país como um todo, o maior percentual de insatisfeitos está entre aqueles empregados sem instrução (8,1%), no Nordeste o maior percentual de insatisfação é encontrado entre aqueles com ensino médio incompleto (9,3%, maior percentual do país).

        Outro aspecto importante trazido pela pesquisa é a insatisfação com as condições de trabalho no país, que é maior entre os negros (pretos e pardos) (6,2%) do que entre os brancos (4,8%). No Nordeste não é diferente: 7,5% dos negros estão insatisfeitos com suas condições de trabalho, contra 6,3% dos brancos. Vale ressaltar que o percentual de pretos e pardos insatisfeitos no Nordeste é o maior do país.

        Em contrapartida, entre os muito satisfeitos, o percentual é maior entre os brancos do que entre os negros tanto na média nacional (7,2% e 5,3% respectivamente) quanto no Nordeste (6,8% e 4,4%, sendo este o segundo menor percentual, acima apenas do verificado no Centro-Oeste, 3,9%).

        A carga horária também está diretamente ligada à pauta, trabalhar muito ou muito pouco influencia no grau de satisfação com as condições de trabalho. No Nordeste, assim como na média nacional, a insatisfação com as condições de trabalho é maior quando se trabalha por muitas horas ou por poucas horas – nessa ordem. O maior percentual de empregados insatisfeitos está entre aqueles que trabalham mais de 49 horas por semana (10,6% no Nordeste, maior percentual do país, frente a uma média nacional de 8,1%).



        Assim como a carga horária, o grau de satisfação com as condições de trabalho também tem correlação com o salário: o percentual em empregados insatisfeitos cai e o de muito satisfeitos, em linhas gerais, cresce conforme aumenta o rendimento médio real – tanto na média nacional quanto no Nordeste. Entretanto, entre os nordestinos, a influência do rendimento na insatisfação ou satisfação em relação às condições de trabalho parece ser menor que a média nacional.

        Entre os empregados com rendimento médio real até ¼ de salário mínimo, 11,9% estavam insatisfeitos no Nordeste (menor percentual do país, frente a uma média nacional de 12,5%), enquanto entre os empregados com rendimento maior que 5 salários mínimos, o percentual de insatisfeitos era menos da metade (4,8%) no Nordeste, ainda que fosse o maior do país e estivesse muito acima da média nacional (1,9%).

        No outro extremo, entre os empregados com rendimento até ¼ de salário mínimo, 2,1% estavam muito satisfeitos no Nordeste, percentual acima da média nacional (1,4%) – a região é a única que tem um percentual alto o suficiente para ser divulgado –, enquanto entre aqueles com rendimento superior a 5 salários mínimos 12,1% dos nordestinos estavam muito satisfeitos, percentual abaixo da média nacional (14,7%) e o segundo mais baixo, acima apenas do verificado no Centro-Oeste (10,8%).

        Assim, as diferenças entre os percentuais dos insatisfeitos e dos muito satisfeitos, nos extremos das faixas de rendimento médio real, são menores no Nordeste do que na média nacional.

        O acesso a processos de capacitação profissional chegou a 62,7% dos empregados remunerados com 16 anos ou mais de idade, com destaque para o Sul (69,7%) e menores percentuais no Nordeste (52,5%) e Norte (56,0%). A proporção de trabalhadores satisfeitos ou muito satisfeitos chegou a 70,3% no país e foi maior no Sul (75,1%) e menor no Norte (64,2%).

        A salubridade e a segurança no ambiente de trabalho foram avaliadas para empregados remunerados em dinheiro do setor privado com pelo menos três empregados no empreendimento em que trabalhavam. Do total, 71,1% se disseram satisfeitos ou muito satisfeitos, enquanto 6,4% se disseram insatisfeitos. O Nordeste teve a menor proporção de satisfeitos ou muito satisfeitos (61,7%) e a maior proporção de insatisfeitos (9,6%).

        A pesquisa também revelou que 82,5% dos empregados estavam associados a sindicatos que não participaram de negociação ou dissídio coletivo no intervalo de um ano. Regionalmente, as Regiões Sul e Centro-Oeste apresentaram percentual maior que a média nacional. Destaca-se ainda a Região Nordeste, com apenas 14,5%.

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Autoria: IBGE

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