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Publicado em 27/05/2017 18h38

Ator fala sobre a entrada de Rubinho no crime

A FORÇA DO QUERER

Desde que leu o roteiro da novela A Força do Querer (Globo), Emílio Dantas sabia que Rubinho, o personagem que interpreta na trama, ia se tornar um bandido. No começo da história de Glória Perez, o moço parecia perfeito, já que fazia todas as vontades de Bibi (Juliana Paes) e do filho, Dedé (João Bravo). Mas, com o passar do tempo, ele foi se enrolando com as mentiras que contava para justificar onde conseguia tanto dinheiro.

A paixão cega de Bibi por Rubinho faz com que ela não veja o envolvimento do marido com o tráfico de drogas. Como acredita na honestidade do cônjuge, ela suspeita até de traição, mas nunca que o parceiro poderia estar relacionado com algo ilícito.

Por isso, quando Rubinho é preso por Jeiza (Paolla Oliveira), a mulher fica uma fera e sai em sua defesa. Ótimo mentiroso, Rubinho conseguirá ludibriar o delegado, mas a policial continuará o investigando.

"Eles são muito afetivos! Ela termina com o Caio (Rodrigo Lombardi) porque não enxerga nele essa parceria que tem com o marido. O Rubinho vive pela Bibi. Ele é um cara que ganha uma grana e, em vez de ir comprar pão, compra um brinco para ela. Eles são infantis, porque vivem uma paixão de ficção mesmo", defende Emílio Dantas.

O ator diz que não imagina até onde Rubinho pode chegar. Na opinião dele, o personagem é meio ingênuo, do tipo que entra no crime para levar uma droga daqui até ali, sem ter noção do real risco que corre. Como o casal é baseado na história real de Fabiana Escobar com o traficante Saulo de Sá Silva, o Barão do Pó, tanto Emílio quanto Juliana (Paes) tiveram contato com a verdadeira "Bibi Perigosa' durante a preparação.

"A Glória (Perez) trouxe muito material da vida deles pra gente. Ela passou o livro Perigosa, escrito pela Fabiana, para mim e para a Juliana. Também fizemos uma reunião por skype com a Bibi e fomos juntando todas as informações. A trama é inspirada em fatos reais, mas é uma novela, então não sabemos o que pode vir por aí", despista.

Segundo Emílio, a fase inicial de Rubinho tinha semelhanças com a sua personalidade e isso facilitou a construção do personagem. Muito diferente do período em que protagonizou Cazuza - Pro Dia Nascer Feliz, O Musical.

"O que me encantou no Rubinho é que ele poderia ser eu em algum momento lá atrás. Morei na Tijuca, já fiquei desempregado. Tem personagens que são bem distantes da gente; outros dependem muito do que somos. Mesmo assim, dá para brincar de colocar algumas diferenças", observa.

Além do folhetim, Emílio tem dois filmes para lançar nos próximos meses. O primeiro deles é Motorrad, de Vicente Amorim, e o segundo é Berenice Procura, de Allan Fiterman, em que também interpreta um criminoso, mas que possui outras questões.

"O Berenice Procura é um filme muito legal, que trata da questão dos transgêneros. O meu personagem é o Russo, um cara que mora no morro e foi adotado por uma travesti já idosa. Além dele, ela adotou um menino de rua e uma trans, que é assassinada no longa", revela.

Autoria: Estadão Conteúdo

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