O ex-deputado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB) teve a pena diminuída de 18 anos e 6 meses para 14 anos e 6 meses, segundo determinação do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF), nesta terça-feira (21).
O peemedebista foi condenado em março deste ano por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta de divisas. Ele está preso desde outubro de 2016 por decisão do juiz federal Sérgio Moro.
A defesa do ex-parlamentar, no entanto, não está satisfeita com a redução da penalidade em quatro anos. O advogado Pedro Ivo Velloso afirmou, em entrevista após a decisão, em Porto Alegre, que irá recorrer da medida.
"Vamos recorrer porque a decisão é essencialmente injusta, não dá valor correto às provas. Escolheram manter a palavra de um delator", defendeu.
Velloso voltou a negar, ainda, que o cliente tenha cometido atos criminosos. "Não há lavagem. Era patrimônio de mais de 25 anos, lícito, que ele tinha no exterior. Não havia obrigação de declaração do trust", disse.
O ex-parlamentar é apontado como receptor de US$ 1,5 milhão de propina em um negócio da Petrobras em Benin, na África, e condenado por Moro sob suspeita de ter ocultado os valores provenientes da transação ilegal na Suíça, entre 2011 e 2014.
Autoria: Correio da Bahia
