O ministro da Secretaria de Governo da presidência da República, Carlos Marun (MDB-MS), reafirmou a intenção de votar a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados no dia 19 de fevereiro.
Segundo informações divulgadas em coletiva de imprensa na tarde desta segunda, 29, no Palácio do Planalto, o cenário para apreciação da matéria é o melhor desde maio do ano passado, quando teria começado "uma conspiração asquerosa para derrubar o presidente [Michel Temer]".
De acordo com o ministro, esta conspiração teria interferido nas votações da casa, que se debruçou na análise das duas denúncias contra Temer.
Para o ministro, o principal ponto de mudança agora seria maior apoio popular, com entendimento de que as alterações retiram privilégios. Ele minimizou as manifestações contrárias nas redes sociais e afirmou que críticas à reforma são, na verdade, "conversa de alguns privilegiados que estão preocupados com a perda dos próprios privilégios".
Marun explicou que as conversas com parlamentares continuam nesta última semana de recesso e disse que os líderes da base retomam as atividades, efetivamente, na próxima segunda, 5. De toda forma, o ministro entende que ainda não tem os votos necessários, mas mantém a confiança em conseguir até a data marcada. "Nossa segurança vem das articulações, diálogos e nova postura da sociedade", confirmou.
Como de costume, Marun insistiu não existir plano B: "Nosso plano é o A de aprovação". Na semana passada, tanto o ministro quanto o relator da reforma, o baiano Arthur Maia (PPS), contabilizaram cerca de 275 votos favoráveis ao texto. Por ser uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a matéria tem que passar por dois turnos de votação no Plenário da Câmara, receber 308 votos em cada um, e depois, se aprovada, segue para o Senado.
Autoria: A Tarde