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Publicado em 06/07/2024 14h48

Saiba quais são os riscos, consequências e cuidados ao "emprestar o nome" para compras e negócios

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O tio que perdeu o emprego, o neto que precisa de uma moto para trabalhar, o irmão que teve o celular roubado e até aquele amigo que busca um empréstimo para criar o próprio negócio. Todos têm ou já tiveram algum amigo ou parente passando por uma situação financeira complicada.

Se você tem o hábito de controlar as contas e manter as finanças em dia, muito possivelmente, já recebeu um pedido para emprestar o nome, fazendo um empréstimo ou compra no cartão para outra pessoa.

Nessas horas, é natural querer ajudar. Porém, é necessário ter cuidado. Por mais bem-intencionada que a pessoa seja, se ela não conseguir pagar, quem irá assumir a dívida e até ficar endividado é você. 

De acordo com pesquisa realizada pelo Serasa e Opinion Box em 2023, emprestar o nome é a causa de endividamento de 17% dos brasileiros. A seguir, Camila Poltronieri Flaquer, head de Cobrança Digital da Recovery, lista algumas medidas e cuidados a serem tomados para evitar que isso aconteça. 

Riscos de emprestar o nome 

O principal risco ao emprestar o seu nome é a pessoa não pagar o que combinou com você e, nesse caso, a dívida se torna sua. Isso porque, do ponto de vista legal, o responsável pela compra é o dono do cartão de crédito ou, no caso de empréstimo, quem assinou o contrato. 

Caso a pessoa não possa arcar com o pagamento, seu nome pode ser negativado, ou seja, ser incluído nas listas de restrição de crédito. Quando isso acontece, o score de crédito é reduzido.

Com isso, fica mais difícil parcelar suas próprias compras ou contratar um empréstimo. Ou seja, por mais que você mantenha a sua vida financeira em ordem, o erro de outra pessoa pode fazer com que você tenha problemas. 

Cuidados a tomar ao emprestar o nome

Mesmo com consciência dos riscos envolvidos, muitas vezes escolhemos emprestar o nome para um amigo ou alguém da família. Ao tomar essa decisão, é importante colocar a razão antes da emoção e adotar algumas medidas para se proteger: 

Combine com a pessoa como e quando ela irá te pagar. Pode ser tudo de uma vez ou em parcelas, à medida em que elas forem cobradas de você. Definir datas de pagamento é importante para deixar tudo mais claro.  

Procure orientação jurídica e faça um contrato. Coloque o que foi combinado no papel e assinem o acordo de pagamento. Assim, você fica com uma camada a mais de segurança. 

Outra maneira de se proteger é definir um bem como garantia, como um celular, computador ou até o carro. Assim, se a pessoa não honrar o que foi acordado, o bem pode ser vendido para quitar a dívida e você não fica no prejuízo. 

Por último, mas não menos importante, caso a pessoa não pague na data combinada, não tenha vergonha de cobrar. 

Fiquei com a dívida de outra pessoa no meu nome. E agora? 

Você emprestou o seu nome, mas seu amigo ou familiar não pagou? A dívida ficará sob sua responsabilidade. Em primeiro lugar, busque conversar com a pessoa que está devendo, para entender as razões e propor uma nova forma de acordo. Assim, vocês podem encontrar um caminho que funcione para ambos. 

Outra medida importante é falar com o credor e renegociar a dívida. Quanto antes a pendência for resolvida, melhor e você irá pagar menos juros, reduzindo o valor total. Isso é especialmente importante no caso do cartão de crédito, que tem juros altos, mas vale para qualquer empréstimo ou crediário.  

Assim que assinar o contrato de renegociação e começar a quitar, se esta for sua única pendência, seu nome será retirado da lista de inadimplentes e você poderá retomar o controle de sua vida financeira. 

Autoria: Bnews / Verônica Macedo

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