O PSDB vai abandonar o governo de Michel temer caso ele seja cassado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e recorra da decisão ou tome outras medidas para alongar o julgamento da chapa Dilma-Temer, marcado para começar no dia 6 de junho.
De acordo com informações publicadas no jornal "Folha de S. Paulo", os tucanos avaliam que a atual conjuntura de crise política ameaça a retomada econômica e também as chances eleitorais governistas para 2018. Para os deputados da ala jovem do PSDB, uma ruptura com o Planalto deveria ter ocorrido há uma semana.
Por outro lado, Temer cobra o apoio e lealdade da bancada tucana, que já articula para uma possível disputa de eleição indireta. Insatisfeito com a articulação, Temer se reuniu na noite de segunda-feira (29/5) com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador Tasso Jereissati, presidente interino do partido, em um hotel de São Paulo.
Segundo o jornal "Valor Econômico", no encontro, Temer fechou um acordo com o PSDB para votar a reforma da Previdência e, só depois disso, discutir sobre a sua sucessão.
Durante a conversa, FHC demonstrou preocupação quanto a expectativa de aprovação das reformas, afirmando que elas são fundamentais para a retomada econômica e posterior saída da recessão. O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, também compareceu à reunião.
Na reunião, ainda segundo a Folha de São Paulo, Temer ouviu dos lideres tucanos que a intenção do partido no momento é a de seguir com a agenda econômica no Congresso com a aprovação das reformas estruturais.
Autoria: Correio da Bahia