Tudo muito rápido no Bahia. O jogo contra o Sport terminou por volta das 18h de domingo, os atletas foram dormir pouco depois com três cocos na cabeça, acordaram e, aproximadamente às 13h30 desta segunda-feira, 31, pegaram o avião para Santa Catarina. Minutos mais tarde, o clube anunciou a demissão do técnico Jorginho.
Por sinal, veloz mesmo foi a passagem do treinador pelo Bahia. Anunciado no dia 1º de junho, caiu quase dois meses depois, às vésperas do duelo de quarta, 2, às 19h30, com a Chapecoense, pela 18ª rodada do Brasileirão.
Com um rendimento, em termos de resultados no geral, até condizente com o que tem feito o Esquadrão em suas experiências mais recentes na elite nacional (quatro vitórias, quatro empates e seis derrotas, com um aproveitamento de 31%), Jorginho perdeu o emprego por conta do mau desempenho da equipe em campo.
É o que explica o diretor de futebol Diego Cerri. “Nos últimos jogos em casa o time não conseguiu jogar como a gente esperava. E não conseguiu resultados, o que traz peso, pressão”, afirmou ele, que procurou passar segurança ao interino Preto Casagrande, comandante da equipe em Chapecó. “A gente confia em Preto. Ele conhece bem o grupo. Enquanto isso, a gente vai fazendo o processo com calma. Não faremos nada acelerado para dar uma resposta. Vamos fazer com convicção”, completou Cerri, sobre a escolha do novo nome.
Especulados, os desempregados Eduardo Baptista e Antônio Carlos Zago negam contato. Roger Machado, demitido do Atlético-MG há duas semanas, seria outra possibilidade.
O ciclo relâmpago de Jorginho no Bahia é disparadamente o menor entre todos os técnicos contratados pela gestão Marcelo Sant’Ana. O primeiro foi Sérgio Soares, que ficou por nove meses. Depois, efetivado, a solução ‘caseira’ Charles Fabian durou pouco mais de um mês. Em 2016, Doriva ficou por quase um semestre e acabou substituído por Guto Ferreira, que, 11 meses mais tarde, resolveu trocar o clube pelo Internacional.
Os dois meses de Jorginho no Tricolor ficaram marcados pelos fracassos como mandante. Ele até começou bem, com os triunfos em sequência sobre Atlético-GO e Cruzeiro, mas depois não ganhou mais. O jejum é de cinco partidas em um período de 50 dias.
Apesar de considerar a decisão “ponderada”, O diretor Diego Cerri fez uma reflexão sobre a mudança de comando: “Não é algo que a gente [direção do Bahia] acredite no futebol, que tem que mudar toda hora. Não estamos fazendo isso achando que vamos resolver todos os problemas da equipe, mas a gente achou que esse era o caminho, que era um momento de troca”.
Em enquete realizada no Portal A TARDE, 71% das 507 pessoas que votaram até o fim da tarde desta segunda, 31, disseram concordar com a demissão
Régis Souza fora
Para o confronto com a Chapecoense, Eduardo volta à lateral direita. Seu substituto diante do Sport, o vaiado Régis Souza nem viajou. O mesmo vale para Allione e Armero, com problemas físicos, e para Vinícius, suspenso.
Autoria: A Tarde