Preto Casagrande completou na última segunda-feira (2) dois meses à frente do time. Como efetivo do cargo, são apenas 34 dias. Mas já há quem defenda a saída do ídolo do posto de técnico do Bahia.
A pressão cresceu após duas exibições ruins na Fonte Nova – apesar dos resultados. O Esquadrão saiu invicto da série contra Grêmio e Coritiba, mas com uma sensação ruim no final. Diante do tricolor gaúcho, um pênalti nos acréscimos garantiu os três pontos. Contra o Coxa, o empate por 1x1 ficou de bom tamanho.
Ao final da última partida, as vaias tomaram conta. “Nenhum torcedor e nem mesmo nós do grupo gostamos do resultado. A gente sabe que foi muito ruim, porque era um adversário direto nessa briga da tabela”, reconheceu Zé Rafael.
O meia, que foi titular nas nove partidas desde que Preto foi colocado como interino, saiu em defesa do técnico na entrevista coletiva de segunda-feira: “É normal essa cobrança da torcida. É uma desconfiança que estão tendo porque dentro de casa a gente tem falhado nos resultados”.
“Isso é normal no futebol, independentemente de quem seja o técnico. Se fosse Guardiola ou o melhor treinador do mundo e não estivesse vencendo, a torcida estaria cobrando da mesma forma. Mas a gente sabe a qualidade do nosso grupo e confia no trabalho de Preto”, completou.
Tá ruim mesmo?
Nessas horas, é bom analisar a fundo os números de Preto. Em nove jogos, o técnico teve um aproveitamento de 44% dos pontos. Uma coisa que era esperada, ele já entregou: seu desempenho é superior ao do antecessor Jorginho, que teve 38% de aproveitamento em 14 jogos no Esquadrão.
Se fosse um time do Brasileirão, Preto estaria com este aproveitamento em 8º lugar na tabela. O que faz o tricolor ter desempenho pior, com 40%, portanto, é o desempenho dos técnicos antecessores.
Considerando apenas as últimas nove rodadas da Série A, o Bahia de Preto tem um desempenho apenas mediano, com a 11ª melhor campanha. Com 12 pontos conquistados, está à frente de São Paulo (no saldo), Atlético-MG e Chapecoense (11 pontos cada), Vasco e Flamengo (10), Coritiba, Ponte Preta e Fluminense (9) e Sport (3).
O problema realmente tem sido a campanha fora de casa. Preto ainda não venceu como visitante: foram dois empates e duas derrotas. A última vitória longe de Salvador aconteceu há quase três meses, no dia 19 de julho, num 2x0 sobre o Atlético-MG pela 15ª rodada.
O próximo duelo é fora de casa, contra o Palmeiras. Melhor, então, que o treinador aproveite os nove dias de treinamento que terá. O duelo acontecerá no próximo dia 12.
Autoria: Correio da Bahia