Um primeiro tempo eletrizante, com muitas chances perdidas pelo Bahia. No cenário da partida deste domingo, 15, da forma que se desenhava, não seria difícil imaginar um jogo em que o Bahia pressiona, tem mais oportunidades, mas, num determinado momento, vacilaria e deixaria o Timão sair na frente ou levar a vitória.
No entanto, a pressão Tricolor funcionou na segunda etapa, e o time venceu por 2 a 0, na Arena Fonte Nova, pela 28ª rodada do Brasileirão. O resultado levou o Tricolor à 10ª posição, com 35 pontos – o Esquadrão não ocupava a metade de cima da tabela desde a 7ª rodada, após o empate com o Coritiba, quando alcançou a 6ª colocação.
Porém, o Esquadrão ainda precisa esperar o jogo de hoje, entre Vitória e Santos, para saber em qual posição termina a rodada. Na quinta-feira, às 21h, o Esquadrão vai até o Estádio Luso-Brasileiro, no Rio, encarar o Flamengo, pela 29ª rodada.
Pressão tricolor
Um Tricolor ofensivo, com mais posse de bola, contra um time mais defensivo, buscando o contragolpe. Foi assim o primeiro tempo do Bahia. O time de Carpegiani insistiu, tentou, chutou, finalizou, pressionou, mas não conseguiu abrir o placar na primeira etapa.
Foram muitas chances criadas, sobretudo com Edigar Junio, que ‘infernizou’ o lado direito da defesa. Mesmo assim, apesar da pressão, a chance mais perigosa da partida foi para o Timão. Em cabeçada de Jô, aos 34, quase que o Corinthians abre o placar.
Não seria exagero imaginar um triunfo tranquilo do Bahia nos primeiros 45 minutos. Mas, contra a defesa menos vazada do Brasileirão, e líder do campeonato, o Corinthians tem sangue frio diante dos seus adversários e sabe esperar a melhor oportunidade para liquidar o jogo.
Sem o colombiano Mendoza, que por força contratual não pôde atuar (o jogador pertence ao Timão), Carpegiani apostou em Rodrigão como centroavante e Edigar Junio, melhor nome na primeira metade, pela esquerda.
As melhores jogadas passavam pelos pés de Edigar e de Rodrigão, que fez bem o pivô e deixou os companheiros em boas condições para marcar. Exemplo disso foi o passe para Zé Rafael, que infiltrou na área e só foi parado pelo árbitro assistente, que marcou impedimento logo após o meia marcar de esquerda, aos 18.
O Corinthians, por outro lado, deixou claro logo de início qual seria a sua estratégia. Pragmático, o time de Carille esperou o Tricolor atacar e apostou no habitual contra-ataque.
Não à toa, é claro, já que essa tem sido a marca registrada do time na competição. A dúvida para o segundo tempo era se o Bahia continuaria com a mesma intensidade ou se começaria a dar campo ao time de Fábio Carille.
Mas quando começou a última metade do jogo, o Bahia se manteve à frente, buscando o gol. No entanto, a dificuldade na movimentação fez com que Carpegiani, aos 11 minutos, substituísse Rodrigão e apostasse em Régis.
A opção de Carpegiani era por um time mais leve, com Edigar outra na vez na referência de ataque, a exemplo da última partida. A escolha do técnico do Esquadrão não demorou para se mostrar efetiva. Aos 26, Edigar pressionou a marcação, roubou a bola e, no mesmo movimento, entregou de bandeja para o meia Vinícius fuzilar a meta de Cássio. Para liquidar de vez a partida, aos 48, Allione recuperou a bola, aproveitou a ida estabanada de Cássio ao ataque, e lançou Régis com o gol aberto para fechar a conta.
Autoria: A Tarde