Mesmo com todas as dificuldades das últimas rodadas, o torcedor do Vitória pôde se apegar à esperança de um retorno, que quase ocorreu na última rodada, justamente no Ba-Vi. A volta não aconteceu, mas a ansiedade deu um sinal de que Kanu estava próximo de retornar ao time – ele chegou a ser relacionado, mas não ficou nem no banco.
A ausência, que já dura cinco partidas, tem motivo: uma inflamação no joelho. Recuperado, o jogador deve reforçar o Leão no domingo, 29, às 17h, contra o Atlético-GO, no Barradão. Se depender do jogador, ele estará presente.
“Fisicamente estou bem, melhor do que quando estava jogando. Nessa parada de um mês, estava fazendo trabalho com o fisioterapeuta e, apesar do tratamento de manhã e à tarde, vinha me preparando também. Mancini ainda não falou nada, mas estou bem. Se Mancini quiser contar comigo, vou estar pronto para ajudar o Vitória”, assegurou.
A animação do torcedor em torno da volta do zagueiro tem razões claras: com Kanu em campo, nos 10 jogos anteriores à sua contusão, o Vitória viveu o seu melhor momento no Brasileiro, e inclusive deixou a zona de rebaixamento – foi de 19º para a 16ª colocação na tabela.
Nesse recorte de tempo, o Leão venceu cinco vezes, perdeu três e empatou em outras duas oportunidades. O problema é que, com a ausência do defensor, o rendimento do time caiu, e a posição na tabela também. Nos cinco jogos seguintes, venceu um, perdeu três e empatou um – nessa sequência, igualou o Dragão como defesa mais vazada, com 47 gols sofridos.
Na primeira partida sem Kanu, o time venceu e subiu para 11º. Porém, não se encontrou depois disso e voltou ao Z-4.
Efetivo no ataque
Alguns fatores dão pistas dos efeitos da ausência de Kanu no time. O primeiro deles diz respeito à vocação ofensiva do jogador. Com quatro gols, ele é o segundo zagueiro que mais marcou gols no Brasileiro, atrás apenas de Réver, do Flamengo, que fez cinco. No time, ele só está atrás de Neilton, com seis, e Tréllez, com sete.
Letal dentro da área, Kanu precisou de 18 finalizações para alcançar a marca. Quando a bola vai no alvo, acerta as redes em 50% dos chutes, já que deu ao todo oito arremates certeiros no Brasileirão.
Fora isso, ele é esperança de melhora na bola aérea defensiva, um dos problemas do time nos últimos jogos. “A gente vem pecando nesse aspecto, mas é falta mais de concentração. Bola parada é quando a gente tem que estar mais concentrado”, analisou.
Autoria: A Tarde