Mais de 200 mil comerciários em 120 mil micro e pequenas empresas é o contingente estimado de trabalhadores sob ameaça de perder os empregos, caso o Congresso não derrube o veto de Temer ao novo Refis.
O financiamento das dívidas destas empresas é condição para evitar a falência em massa e o consequente fechamento dos postos de trabalho, como efeito dominó do veto presidencial.
A interpretação é do assessor institucional da Federação do Comércio (Fecomércio), Edmundo Bustani, que falou de Brasília, onde acompanhou a comitiva de dirigentes lojistas a fim de participar do convencimento do Congresso.
Bustani viajou para acompanhar os dirigentes da Fecomércio: Paulo Henrique de Andrade, representante do varejo de Juazeiro, no norte do estado; Benedito Vieira, pelo comércio de Alagoinhas e região, a 108 quilômetros de Salvador; e Luís Gonzaga, representando as distribuidoras de combustíveis. "Visitamos gabinetes de deputados e senadores baianos, depois de um café da manhã promovido pela Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa", disse Bustani.
Assim como os dirigentes da Fieb (leia texto acima), as lideranças dos dirigentes lojistas da Bahia exigem tratamento igual aos das médias e grandes empresas para financiamento das dívidas junto à Receita.
De acordo com o Novo Refis, os empresários poderiam dar de entrada 5% da dívida, distribuída em cinco parcelas.
Benefícios
No pagamento à vista, teriam desconto de 90% nos juros e 70% nas multas. São 145 prestações, com desconto de 80% nos juros e 50% nas multas. Se o número de parcelas aumentar para 175, o desconto fica em 50% nos juros e de 25% nas multas.
Diante do contexto atual de cortes de investimentos em setores como educação e saúde, além da polêmica em torno da reforma da Previdência, pode soar estranho uma renúncia fiscal de R$ 7,8 bilhões, se o Novo Refis for aprovado. No entanto, não se justifica que as micro e pequenas empresas sejam excluídas dos benefícios.
Autoria: A Tarde