Aprodução industrial da China despencou no ritmo mais forte em três décadas nos dois primeiros meses do ano uma vez que o coronavírus e as severas medidas de restrição afetaram a segunda maior economia do mundo.
O investimento urbano e as vendas no varejo também caíram acentuadamente e pela primeira vez, alimentando visões de que a economia da China provavelmente estagnou ou mesmo contraiu no primeiro trimestre, e que autoridades precisarão fazer mais para ressuscitar a atividade.
A produção industrial despencou 13,5% em janeiro-fevereiro na comparação com o mesmo período do ano anterior, mostraram nesta segunda-feira (16) dados da Agência Nacional de Estatísticas.
Essa foi a leitura mais fraca desde janeiro de 1990, quando os registros da agência Reuters começaram, e uma forte reversão do crescimento de 6,9% em dezembro. A expectativa em pesquisa da agência Reuters era de um aumento de 1,5%.
Os números fracos levaram alguns analistas a reduzirem ainda mais suas estimativas para o desempenho econômico do primeiro trimestre, e podem também significar que Pequim precisa reavalir sua meta de expansão para 2020.A China ainda não divulgou publicamente sua meta, que seria normalmente anunciada no início da reunião anual do Parlamento. Ela estava marcada para 5 de março, mas foi adiada devido ao surto.
A agência de estatísticas disse em comunicado na segunda-feira que o impacto do coronavírus é controlável e de curto prazo, e que as autoridades vão fortalecer as políticas pró-crescimento.
O investimento caiu 24,5% em janeiro-fevereiro sobre o ano anterior enquanto o investimento privado despencou 26,4%.
As vendas no varejo encolheram 20,5 uma vez que consumidores evitaram locais lotados.
A taxa de desemprego da China subiu a 6,3% em fevereiro, de 5,2% em dezembro, atingindo o nível mais alto desde que os registros oficiais começaram a ser publicados.