Por: Yuri Abreu
Por conta da pandemia do novo coronavírus, muitos trabalhadores tiveram que mudar de realidade, passando a executar as rotinas diárias do ambiente ocupacional, dentro da própria casa. O resultado disso é que o home office, em todo o país, ganhou força e já começa a ser vislumbrada em um cenário pós-surto da doença. Conforme estudo divulgado em abril pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), número de empresas que pretendem adotar o home office após a crise indica um crescimento de 30%.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta semana, o número de pessoas que estão trabalhando de forma remota, no Brasil é de 8,7 milhões. Pouco mais de 3,4% desse contingente vem da Bahia: 280 mil, o que equivale a 5,5% de toda a população ocupada no estado, no mês de maio.
Uma dessas empresas é a TEL Centro de Contatos, que possui sede na capital baiana. Atenta às mudanças no mercado, a organização vem permitindo, por exemplo, que parte do atendimento seja realizado no domicílio do funcionário.
“A TEL já é uma empresa que tem nas soluções tecnológicas um ponto forte de sua atuação. Para o momento atual, desenvolvemos uma tecnologia própria para recrutamento e seleção de candidatos à vaga de emprego. Já colocamos em prática o processo seletivo 100% online para preenchimento das vagas de home office”, explicou o superintendente de Relações Institucionais da empresa, Rodrigo Neri.
O executivo se refere ao processo realizado em maio, no qual a TEL abriu 800 vagas de emprego em Feira de Santana e 300 oportunidades profissionais em São Paulo. “Está no DNA da empresa esse aspecto das soluções tecnológicas avançadas associadas com a motivação e valorização das pessoas. Então foi natural adaptar processos para permitir o trabalho remoto, mantendo a mesma qualidade dos serviços prestados”, disse.
VANTAGENS E DESVANTAGENS
Conforme outro levantamento, divulgado na última semana, por uma empresa que realiza pesquisa de mercado e ouviu mais de duas mil pessoas no início deste mês, apontou que 43% dos entrevistados avaliaram que a qualidade de vida deles melhorou desde que passaram a trabalhar em casa, enquanto 19% afirmaram que piorou. Além disso, 36% contaram que trabalham menos em casa do que no escritório, 31% disseram que o tempo dedicado se manteve o mesmo e outros 33% pontuaram trabalhar mais agora do que presencialmente.
Já com relação à produtividade, 31% dos pesquisados acham que melhorou, 31% acreditam que piorou e 38% afirmaram ter se mantido igual. Com relação aos benefícios apontados estão, entre outros, não perder tempo com deslocamento e não precisar se arrumar para sair de casa. Quanto às desvantagens, os entrevistados relataram, como principais, a falta do convívio com os colegas e a dificuldade para organizar a rotina de trabalho.
Autoria: TRIBUNA DA BAHIA