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Publicado em 30/06/2020 20h32

CORONAVÍRUS - Auxílio emergencial será prorrogado por mais três meses

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 Foto: Christian Clavadetscher

O governo de Jair Bolsonaro vai apresentar, na tarde desta terça-feira (30), os detalhes da prorrogação do auxílio emergencial de R$ 600. A ampliação do benefício já havia sido ventilada pelo presidente Jair Bolsonaro e foi confirmada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

Segundo o ministro, o auxílio emergencial será prorrogado por três meses, mas o valor das próximas parcelas deve ser confirmado por Bolsonaro mais tarde. "Vamos fazer a expansão desse período de auxílio emergencial. Deve ser anunciado possivelmente hoje pelo presidente. Não quero me alongar muito, porque o presidente vai falar", disse.

Paulo Guedes participa de audiência pública realizada na manhã desta terça-feira pela Comissão Mista de acompanhamento da covid-19 do Congresso Nacional. Além da prorrogação do auxílio, o ministro antecipou, que o período de acréscimo será de três meses.

Ele argumentou que esse é o tempo esperado de prolongamento da curva de contágio do novo coronavírus e, portanto, da crise causada pela covid-19 no Brasil. "Até agora, nós demos os três meses iniciais que era quando subia a curva e ficava lá em cima e estendemos agora porque ela não começou a descer ainda, estendemos por mais três meses. Mas acreditamos que ela realmente vá descer nesses próximos três meses", revelou.

Nova prorrogação

Guedes reconheceu ainda que, se não houver um arrefecimento da pandemia nesse período, o governo pode avaliar uma nova prorrogação do auxílio emergencial. "Nesses três meses, se não descer, lá vamos nós pensar de novo em quanto tempo mais temos que manter o fôlego. Mas por enquanto estamos contando que esse é o quadro. Ao longo desses três meses, a pandemia deve retroceder com algum vigor e nós então estaremos fazendo nosso retorno seguro ao trabalho. A verificar na frente", pontuou.

Guedes explicou que o auxílio emergencial tem ajudado 64 milhões de brasileiros, entre brasileiros de baixa renda que eram atendidos pelo Bolsa Família e trabalhadores informais que ficaram sem ter como trabalhar diante das medidas de distanciamento social impostas pela covid-19. E, por isso, tem ajudado a conter os impactos econômicos da pandemia e deve contribuir com a retomada das atividades. 

Valor

O ministro da Economia não cravou, contudo, o valor das próximas parcelas do auxílio emergencial. É que o presidente Jair Bolsonaro vem defendendo a redução gradual do auxílio, com três parcelas decrescentes de R$ 500, R$ 400 e R$ 300.

Porém, boa parte da sociedade civil e do Congresso Nacional se mostrou contrária à redução do benefício e vem defendendo a manutenção do benefício em R$ 600.

O anúncio desse valor deve ficar mesmo, portanto, para Bolsonaro, que convocou uma cerimônia de prorrogação do auxílio emergencial para as 16h desta terça-feira no Palácio do Planalto. 

Pós-pandemia

Segundo Guedes, o governo e o Congresso devem usar esse prazo de prorrogação do auxílio emergencial para discutir os programas sociais que virão depois da pandemia de covid-19.

"Dentro de dois, três meses, assim que acabar o período do auxílio emergencial, novos programas, o Renda Brasil e o Verde Amarelo, programas sociais importantes virão para estimular a retomada do crescimento", lembrou Guedes. 

O governo federal já demonstrou a intenção de criar o Renda Brasil para ampliar a transferência de renda básica à população de baixa renda que hoje é atendida pelo Bolsa Família. Já o Verde e Amarelo busca melhorar as condições de trabalho dos informais, que eram "invisíveis" para o governo federal antes do auxílio emergencial.

Autoria: TRIBUNA DA BAHIA

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