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Publicado em 18/08/2020 18h54

Obesidade é maior fator de risco para desenvolver o câncer

SAÚDE

 

 
 Foto: Romildo de Jesus / Tribuna da Bahia

Por: Poliana Antunes

 

A qualidade de vida das pessoas está também diretamente ligada a saúde de cada um. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a obesidade está entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento de câncer no Brasil. Além disso, o órgão estima que o país tenha, ainda, 625 mil novos casos da doença a cada ano do triênio 2020-2022. O Nordeste ficará com 136.220 dos casos, representando 21,8% do total.

O Instituto ressalta que, outros fatores como envelhecimento da população, devem impulsionar o crescimento do número de casos de câncer no país nas próximas décadas. Comportamentos não saudáveis como fumar, consumir bebidas alcoólicas, sedentarismo e manter dieta pobre em vegetais também aumentam o risco de 10 tipos da doença. Essas informações constam da publicação Estimativa 2020.

Em relação aos tipos de câncer, o INCA relata que depois do câncer de pele não melanoma que terá 177 mil casos novos, os mais incidentes serão os de mama e de próstata, com 66 mil cada, cólon e reto 41 mil, pulmão 30 mil e estômago 21 mil casos novos.

Na separação por sexo, os tipos mais frequentes nos homens, excluindo-se pele não melanoma, serão próstata com 29,2%, cólon e reto 9,1%, pulmão 7,9%, estômago 5,9% e cavidade oral com 5,0%. Já nas mulheres, também sem contar o não melanoma, os mais incidentes serão os de mama com 29,7%, cólon e reto 9,2%, colo do útero 7,4%, pulmão 5,6% e tireoide com 5,4% dos casos.

Os estudos mostraram, ainda, que o câncer infantil equivale a 3% do total dos casos novos de câncer, descontando-se os de pele não melanoma. “Até agora, os números apresentados para essa faixa etária não tinham tanta precisão. Fazíamos a projeção apenas para Brasil e regiões, baseados numa proporção global. Nesta edição, porém, foi possível apresentar a estimativa dos casos novos para crianças e jovens de zero a 19 anos, estado por estado”, esclareceu Marceli Santos, epidemiologista da Divisão de Vigilância e Análise de Situação do INCA.

O especialista destacou que o câncer é uma doença estreitamente relacionada à condição socioeconômica. “Quanto mais a população se desenvolve, mais cresce expectativa de vida e aumenta o número de casos de câncer ligados ao envelhecimento, à urbanização e à industrialização, como os de mama e próstata. Já nas populações com menor índice de desenvolvimento, os cânceres mais frequentes são os do colo do útero, estômago e fígado”, comparou.

Contudo, de acordo com Organização Mundial da Saúde (OMS), prevenir o câncer é possível. O órgão considera que cerca de 40% das mortes por câncer poderia ser evitada, o que faz da prevenção um componente essencial de todos os planos de controle do câncer.

“Uma vez que o câncer é uma doença cujo processo tem início com um dano a um gene ou a um grupo de Genes de uma célula e progride quando os mecanismos do sistema imunológico de reparação ou destruição celular falham”, explica.

Autoria: TRIBUNA DA BAHIA

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