O glaucoma atinge cerca de 900 mil pessoas no Brasil. Silenciosa com relação aos sintomas iniciais, a doença é a principal causa de cegueira irreversível no mundo e deve afetar 111,8 milhões de pessoas em 2040, em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Geralmente, quando percebida, encontra-se em estado avançado, quando pode ter comprometido cerca de 50% da visão. Portanto, o diagnóstico e o tratamento precoce são fundamentais para conter o desenvolvimento dessa patologia. Pensando nisso, oftalmologistas e instituições de saúde criaram a campanha Maio Verde, que tem seu dia D, o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, em 26 de maio.
Especialista no assunto, Mônica Mayoral, médica oftalmologista do DayHORC – empresa do Grupo Opty, explica que a doença degenerativa atinge o nervo óptico, principalmente pelo aumento da pressão intraocular. "O Glaucoma Primário de Ângulo Aberto é o tipo mais comum no Brasil, que atinge cerca de 80% dos pacientes, e se caracteriza por ter uma evolução lenta, progressiva e frequentemente assintomática. Já o Glaucoma de Ângulo Fechado pode causar dor ocular de forte intensidade e perda visual rápida, caso não seja instituído tratamento adequado em tempo hábil", conta.
O público mais vulnerável a desenvolver o glaucoma é composto por mulheres e homens, principalmente acima de 40 anos. Além da idade, são fatores de risco o histórico familiar, a miopia elevada e o diabetes. Recém-nascidos também podem ter o problema, sendo manifestado por lacrimejamento, aversão à luz, aumento do tamanho do globo ocular, além da perda do brilho natural dos olhos. Por isso, a importância do Teste do Olhinho.
Também especialista no assunto, a médica Carina Laiola, do Instituto de Olhos Freitas – empresa do Grupo Opty, ressalta que a melhor forma de evitar a doença é com o diagnóstico precoce, através de ida ao oftalmologista pelo menos uma vez ao ano, mesmo em época de pandemia: "Deve-se também ter sempre hábitos de vida saudáveis e se atentar para o uso indiscriminado de colírios compostos por corticoides, facilmente adquiridos nas farmácias e que podem causar glaucoma de difícil controle".
Tratamento
Embora não tenha cura, o glaucoma pode ser controlado com tratamento adequado e contínuo, fazendo com que a perda da visão seja minimizada. "Na maioria dos casos, é necessário o uso de colírios diariamente para controle. Com o avanço de novas tecnologias, hoje é possível oferecer ao paciente um tratamento mais moderno, com aplicação de laser ou procedimento cirúrgico. Novas técnicas cirúrgicas foram desenvolvidas e /hoje já existem as cirurgias minimamente invasivas, como o iStent, que apresentam menor taxa de complicações e tempo de recuperação mais curto", conclui Mariana Xavier, médica da Oftalmoclin, que é outra empresa na Bahia que integra o Grupo Opty.
Autoria: Lume