Organizações sociais do município de Camaçari foram beneficiadas com recurso fruto da multa indenizatória, no valor de R$ 2 milhões, que a farmácia Pague Menos foi condenada a pagar, após o incêndio ocorrido em novembro de 2016. A ação civil pública foi movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e a parceria com o órgão, que teve a finalidade de beneficiar as instituições camaçarienses, aconteceu por meio do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente de Camaçari (CMDCA), que é uma entidade colegiada da Secretaria do Desenvolvimento Social e Cidadania (Sedes), que fiscaliza a execução da política pública para crianças e adolescentes.
A titular da Sedes, Reni Oliveira, destacou que o recurso obtido está beneficiando três projetos sociais. "Devido a modalidade da ação, a indenização deveria ser paga para a sociedade e nós da Sedes, demos o suporte necessário ao CMDCA para conseguir esse recurso que vai beneficiar tantas pessoas", falou.
A presidente do CMDCA, Maria Ubajareida Carvalho explicou como o conselho se mobilizou para pleitear o recurso. "Logo que tivemos conhecimento da ação civil pública, nos reunimos para alinhar como poderíamos trazer esse recurso para a apoiar as organizações", disse ao acrescentar que os três projetos foram contemplados por meio de edital. Das 34 organizações inscritas ao Conselho, 15 foram beneficiadas com a ação.
Os três projetos contemplados foram: o Mobiliza que distribuiu em comunidades carentes mais de 2 mil cestas básicas e 2.500 botijões de gás, além de álcool em gel, álcool comum, máscaras e um jogo interativo para as crianças aprenderem sobre a prevenção à covid-19.; o Capacita, que promove cursos de formação profissional para jovens, especificamente para os filhos e parentes de pessoas que trabalharam na empresa Ford, fechada durante a pandemia; e o terceiro e último projeto foi o Educação Conectada, que distribuirá computadores e tablets em escolas e creches comunitárias, proporcionando o acesso dos alunos a tecnologia e informática. A iniciativa vai beneficiar 1.500 alunos.
Eliete Faustino, diretora da Creche Comunitária Esperança da Estiva, localizada em Vila de Abrantes, falou como o projeto vai contribuir para o aprendizado dos alunos. "Será uma nova realidade para as nossas crianças essa possibilidade de manusear esses equipamentos. O projeto vai beneficiar não só elas, como também aos professores e, eu acredito, que se estenderá às famílias", concluiu.