A Justiça negou o recurso da defesa do influencer Iuri Sheik, que é contra a decisão de julgamento por júri popular. Ele é acusado pelo assassinato do empresário William Oliveira durante o São João de 2019, em Santo Antônio de Jesus.
A 1ª Vara Criminal da Comarca do município, onde aconteceu o crime, já havia decidido em outubro de 2022 que o réu iria a júri popular, mas os advogados de Sheik recorreram da decisão. Nesta segunda-feira (5), a solicitação foi negada pelo desembargador e relator do processo Eserval Rocha.
Na decisão, Rocha argumenta que não vê-se indícios de legitima defesa por parte da vítima e defende a necessidade de apreciação da postura do acusado pelo Tribunal do Júri. "Somente em razão de prova inequívoca em favor do Recorrente [Sheik] seria possível afastar o veredito popular, o que não se verifica no caso em tela", afirma.
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) afirma que Sheik matou o ex-sócio da Black Style durante uma briga em uma festa de paredão. Segundo o ministério, o crime teve motivo fútil: Will teria se recusado a cumprimentar Sheik, que se irritou.
O influencer teve habeas corpus concedido em 2020. Ele estava preso de maneira preventiva desde junho de 2019 por uma acusação de homicídio.
O influenciador digital foi acusado, e confessou, ter atirado contra o colega. A vítima foi atingida no peito duas vezes, chegou a ser internada, mas morreu três dias depois. William deixou três filhas: a mais velha de 13 anos, uma de 11 e a caçula, que na época tinha apenas 40 dias de vida.
Iuri teria disparado contra William porque este tinha recusado cumprimentá-lo. “Inicialmente, a versão que chegou para nós foi que havia acontecido uma briga de trânsito. No entanto, foi ouvindo as testemunhas que chegamos à nova versão do fato. Todos ouvidos até agora contam que Iuri estendeu a mão e William disse: ‘não vou dar a mão porque não gosto de você’. Então, Iuri foi no carro, pegou a arma e atirou”, contou o delegado Edilson Magalhães.
A recusa de Willian seria por causa de uma rixa antiga com o digital influencer. “Parece que foi coisa de fofoca, picuinha no meio artístico. O porquê da rixa não é o mais importante. O importante é o fato do cara ter atirado porque o outro não o cumprimentou. Isso é o fato imediato. Temos testemunhas que viram ele atirando”, complementou Magalhães.
Autoria: CORREIO DA BAHIA