Transtornos alimentares são caracterizados por distúrbios no comportamento alimentar. A anorexia nervosa e a bulimia nervosa são as mais comuns, sendo predominantes em mulheres. No primeiro caso, ocorre uma perda de peso intensa e intencional, através de dietas rígidas, em busca da magreza, podendo muitas vezes causar alterações no ciclo menstrual. Já na bulimia, ocorre uma grande ingestão de alimentos e preocupação excessiva com o peso e imagem corporal, levando a utilização de métodos compensatórios inadequados, como vômitos, medicamentos, dietas restritivas e exercícios físicos de alta intensidade e duração.
A recomendação mundial de atividade física para a saúde indica sessões de exercício por pelo menos 30 minutos por dia de intensidade moderada, ou 20 minutos de intensidade vigorosa, 3 vezes por semana. Um estilo de vida saudável, que inclua atividade física regular, promove uma diminuição de riscos de doenças cardiovasculares e metabólicas, além de favorecer o aspecto físico e social do praticante.
Quanto aos pacientes com transtorno alimentar, a atividade física atua principalmente no aspecto psicológico, melhorando a autoestima e autoimagem. O programa de exercícios deve englobar flexibilidade, força, postura, atividades em grupo e exercícios, preferencialmente, aeróbicos, de intensidade moderada. As mais recomendadas são: hidroginástica, natação, caminhada, bicicleta e pilates.
Em pacientes com anorexia nervosa, o principal objetivo é a recuperação do peso corporal, por isso, atividades predominantemente aeróbicas não são as mais recomendadas, e sim aquelas que trabalham com o ganho de força e massa muscular.
Para pacientes com bulimia nervosa, um programa de atividade física deve conter exercícios aeróbicos e resistidos. O objetivo é mostrar ao paciente que o exercício é uma forma eficaz de controlar o peso corporal de maneira saudável, contribuindo para a formação positiva da imagem corporal e melhorando os sintomas depressivos e ansiosos.
A atividade física tem um papel importante no tratamento e controle do Diabetes. A prática faz com que se consuma a insulina no sangue, independente de glicose, auxiliando assim no controle glicêmico, diminuindo a circunferência abdominal e proporcionando melhora da composição corporal e no perfil lipídico.
Atividade física para hipertensos
A atividade física produz substâncias capazes de reduzir a pressão arterial por até 24h, diminuindo o risco de complicações e agravamento de doenças cardiovasculares, como acidente vascular encefálico, infarto e doença arterial obstrutiva periférica.
A atividade física é importante no controle tratamento de cardiopatias, principalmente por interferir em todos os fatores de risco modificáveis como hiperlipidemia, fumo, hipertensão, níveis de HDL menores que 35mg/dl, diabetes,
hiperinsulinemia, obesidade abdominal e doença vascular periférica.
A atividade física tem também grande importância no tratamento e controle de problemas articulares. As atividades de fortalecimento muscular e alongamento são fundamentais para manutenção do equilíbrio, proteção das articulações e melhora da composição corporal.
O treinamento resistido é fundamental para manutenção da saúde e melhora de capacidades fundamentais, como a força, aptidão cardiorrespiratória e equilíbrio.
Quando o objetivo é perder peso, a musculação, por ser um exercício de alta intensidade, leva a um gasto calórico elevado, mas seu principal benefício está relacionado ao ganho de massa muscular. Esta, por sua vez, elevará o gasto calórico metabólico, já que os músculos são um dos principais responsáveis pelo consumo de energia, ajudando também na redução do que chamamos de “gordura localizada”.
Recomenda-se praticar musculação de duas a três vezes por semana (com objetivo de aumentar ou manter a massa muscular), metodologia de circuito ou séries múltiplas; exercícios multiarticulares; alternado por segmento; com intervalo de um minuto entre as séries.
Autoria: site do Hospital Albert Einstein